ANGOLA EXPOSTA AO IMPACTO DAS ALTERAÇÕES CLIMÁTICAS




Moçâmedes – O impacto das alterações climáticas em angola, sobretudo na região sul, vai continuar, sendo cada vez mais necessário a criação de condições de resiliência e assistências com meios diversos às populações rurais.

A situação torna o sistema agro-alimentar de Angola vulnerável a riscos como a seca, cheias e pragas, no início e no decorrer da estação de crescimento.

O alerta veio da diretora Nacional do Ambiente e Acção Climática, Ivone Pascoal, quando discursava no lançamento do Projecto de Integração das Alterações Climáticas na Gestão Ambiental e Sustentável da Terra, decorrido, quinta-feira, na província do Namibe.

Neste sentido, disse que é essencial melhorar a gestão sustentável e coordenada dos recursos naturais e reforçar a resiliência dos pequenos produtores, para melhor se adaptarem aos impactos das alterações climáticas.

Sublinhou que o ecossistema de Angola possui vastas áreas cultiváveis, recursos florestais, bem como pesca marítima e continental diversificada, mas aspectos ligados à seca e às cheias colocam em risco a capacidade de produção, comercialização, armazenamento e consumo das famílias.

Por isso, considerou importante o lançamento deste projecto, cujo objectivo é proteger, restaurar e promover o uso sustentável do ecossistema terrestre, combate à desertificação, degradação do solo e a perca de bio-diversificação.

Ivone Pascoal salientou que o mesmo está inserido no esforço contínuo que o país tem feito  no combate as alterações climáticas.

Afirmou que o plano é uma plataforma para disseminação de boas práticas de gestão sustentável da terra, porque Angola possui pouca experiencia em lidar com às alterações climáticas, em geral, e no sector agrícola, em particular.

 O projecto veio para monitorar as comunidades  e estará implementado no Centro Agro-ecológicos do município da Bibala, onde serão promovidas ciclos formativos de quadros e outros trabalhos sobre o equilíbrio do ecossistema,

Financiado pelo Fundo Global do Ambiente, no valor de 2,3 milhões de dólares norte americanos, vai introduzir, desenvolver e disseminar diversas práticas de adaptação às alterações climáticas, como adubação orgânica, recuperações de solos, uso de rega gota a gota e práticas agro-florestais.

O mesmo vai beneficiar 22 mil e 500 pequenos agricultores e pecadores em quatro províncias contempladas.

A província do Namibe será comtemplada com 20 escolas para práticas de técnicas agrícolas e combate à desertificação.

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