SIC DESMANTELA REDE DE TRÁFICO DE COCAÍNA

 O Serviço de Investigação Criminal (SIC) confirmou, esta Segunda-feira, o desmantelamento de uma rede internacional de tráfico de droga, do tipo cocaína.

Superintendente porta-voz do SIC, Manuel Halawaia

O grupo, detido na última quinta-feira (04), no Distrito Urbano do Palanca, município do Kilamba-Kiaxi, Luanda, integrava sete elementos, um dos quais português.

Conforme o SIC, fazem parte da rede, liderada por um angolano, um suposto oficial (tenente) das Forças Armadas Angolanas (FAA) e um agente da Polícia Nacional.

As drogas eram transportadas a partir do Aeroporto de Guarulhos, Estado do São Paulo (Brasil), por passageiros (chamadas mulas) de voos comerciais da TAAG, que desembarcavam no Aeroporto Internacional 4 de Fevereiro, capital do país.

Em declarações à imprensa, o director do Gabinete de Comunicação Institucional e Imprensa do SIC, superintendente prisional Manuel Halaiwa, disse que a rede tinha ramificações em Angola, Brasil, República Democrática do Congo (RDC) e Portugal.

Explicou que da última acção do grupo, realizada em Novembro último, os operativos do SIC apreenderam seis quilogramas de cocaína, no Aeroporto 4 de Fevereiro.

Referiu que o mandante, de 49 anos, era seguido desde 2018, e na altura da sua captura tinha em posse 13 bilhetes de passagens da TAAG, em nome de duas cidadãs (das quais uma é sua esposa), três telemóveis, igual número de carimbos de empresas e duas cartas de condução da RDC, em seu nome, entre outros haveres.

De acordo com o oficial, até o produto chegar às mãos do mandante em Angola, o grupo obedecia uma cadeia organizada, com vários líderes em diversos pontos.

O mandante tinha a missão de comercializar o produto e recompensar com quantias monetárias as mulas e os receptores, enquanto o cidadão português tinha a missão de recrutar e assegurar o transporte da droga para Luanda.

Entretanto, de Janeiro a Novembro último foram abertos nove processos-crimes por tráfico de drogas, com 15 detidos, dos quais quatro mulheres (uma de nacionalidade namibiana) e um homem com dupla nacionalidade (angolana e brasileira).

Durante o período em referência, foram apreendidos, no Aeroporto Internacional 4 de Fevereiro, 39 quilos e 94 gramas de cocaína.

Para chegar a Angola, as drogas eram enroladas no corpo ou em diversas bolsas pequenas, pelos seus transportadores.


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